Estou ficando mais velha. Não tinha percebido isto, mas lembrei que logo terei idade nova. 44 anos. A idade da tração nas quatro rodas. Isso é muito bom, pois deve ser um sinal para que meus pensamentos não precisem mais pegar no tranco. E se isso acontecer mesmo , vou poupar muita gente da minha fiel companheira por todas estas décadas: a curiosidade.
Um outro companheiro fiel na minha caminhada sobre esta terra foi o livro. Apesar do advento da internet, livros são livros. Coisas mágicas mesmo. Não só as letras, mas seu cheiro, a textura do papel e evidentemente a mágica que os envolve. No meu entender você só consegue ler um livro se estiver preparado para seu conteúdo. Pode ser até ignorância minha, mas não consigo pensar de outra forma. Alguns livros mudaram minha vida sem eu ter nunca lido seu conteúdo. É verdade!
Há alguns anos atrás eu fazia muitas coisas ao mesmo tempo: era assessora do Museu de Arte Contemporânea, tinha um jornal chamado Brainstorming e um programa de Tv chamado Time Out Tv. Mesmo assim, ficava buscando mais coisas para fazer. Um belo dia vi um anúncio de jornal pedindo uma pessoa para redigir um livro sobre os templários. Parecia um presente dos deuses. Falei com a pessoa e depois de algumas conversas descobri que além de não pagar pelo serviço prontamente, tinha arranjado um transtorno, pois não largavam do meu pé.
Paralelo a isto estava acontecendo um outro probleminha. Eu tinha uma coluna em meu jornal onde fazia resenhas e ia fazer uma página dedicada a livros que falassem de anjos, moda na época. Mandaram-me um livro de nome O Anjo Guardião- Editora Madras. Sendo sincera, não gostei da capa e não conseguia lê-lo. Invoquei que aquilo tudo tinha a ver com magia e não com anjos. O fato é que por dias ,para onde quer que eu olhasse ,lá estava aquele livro. Sou exagerada de nascença: estava quase fazendo um ritual de exorcismo na publicação em questão.Até que, sem querer, li sobre o autor: membro da Ordem dos Templários do Brasil. Fantástico, pois já resolvia um problema: mandava o rapaz que estava me incomodando para o autor e os dois que se virassem. Liguei para a editora em São Paulo e descobri que o mencionado autor era curitibano e morava num sítio em Colombo. De uma forma resumida agora vocês sabem o porquê eu tive dois filhos maravilhosos e moro num sítio em virtude de um livro, que realmente, até hoje, não li.
Em virtude do blog e de minhas relações nas redes sociais, recebo muitos emails com pedidos, textos e um em particular me chamou a atenção. Foi o da minha amiga Melissa Georg. O texto tinha tudo a ver com o que eu havia publicado no mesmo dia aqui no blog, mas ela não havia lido ainda. Sei que ficamos rindo das "coincidências", o que chega a ser bem rotineiro dentro da Umbanda porque os pensamentos são todos interligados. O que me chamou a atenção foi uma atitude no final do texto que achei brilhante.
Quero deixar claro que se existe destino, ele existe fundamentado em nosso livre arbítrio. Se eu não quisesse ter estudado e não me interessasse tanto pela minha área, não teria conhecido meu lindinho. Se ainda, não soubesse ler ou escrever, como poderia ser uma médium que às vezes psicografa? Impossível , como diria painho, se meu computador interno não oferecesse condições para esta aptidão.O conhecimento é necessário sempre.
Neste texto que recebi da Melissa, identifiquei um elemento muito importante e evolutivo da Umbanda. O texto chamado Toques de um Preto Velho termina sendo assinado da seguinte forma: " Um Grande abraço Pai Antônio de Aruanda e Fernando Sepe (escrito por duas mentes em um só coração) " . Foi a primeira vez que vi o médium assinar junto com a entidade. Não há uma perfeita incorporação da Umbanda sem interferência do médium. A entidade não pode se expressar em sua plenitude se o médium não procurar sempre se tornar melhor. É o livre arbítrio do médium , em escolher caminhos que o edifiquem, que acaba por edificar a própria religião, além de melhorar e muito a qualidade da mensagem a ser passada. Como também é sua falta de preparo que faz com que aconteçam os erros. Por este motivo acho justo o médium assinar com a entidade. Quem sabe todos comecem a adotar esta postura definitivamente? Uma mediunidade consciente passa pela consciência da importância do aprendizado.Saravá ao Fernando Sepe e à Melissa!
Perfeito! Sempre me atenho muito aos seus textos,paro o que estou fazendo para le-los,pois são lições Tipo "moral da história" que colhemos todos os dias.Que os mestres ascencionados,continuem iluminando sua inspiração.
ResponderExcluirSIM , EU CREIO EM DESTINO. ENCONTROS TRAÇADOS PELO ALÉM E EM MENTES FAVORECIDAS , COMO A SUA. MENTE Q ESTA CERTAMENTE SENDO TRABALHADA PARA GRANDES OBRAS.
ResponderExcluirÉ UMA HONRA LER UM TEXTO COMO O Q VC ESCREVEU AGORA.
SIM , CERTAMENTE ENTRE AS PORTAS DO INVISÍVEL E DO VISÍVEL UMA Tênue barreira nos separa de um destino bom ou ruim nessa imensidão que é DEUS .
AXÉ E LUZ , MINHA DOCE ANDRÉA.BJS ... DIRCE DE OYÁ
Andrea querida.
ResponderExcluirComo gosto de ler.Ler livros, sentir, ver as cores, as letras, as fotos.ADORO e concordo com a questão da diferença da Internet.Sinceramente, não consigo ler livros ainda na NET.Não é a mesma coisa nunca.
Sobre a "tração" nas quatro rodas...te digo:Prepare-se.É MUITO BOM!
Falando de coincidências ou caminhos e mentes interligados nada mais real.Quem não acredita que se cuide.A melhor maneira de viver bem é aceitar esta realidade e pedir as entidades que nos guiem para o bem.
beijos
Obrigada pela escada, o carinho e as palavras...
ResponderExcluirNão me canso de receber e acumular ensinamentos seus e é uma coisa maravilhosa a cada visita que faço aqui: eu sinto que cresço um pouquinho.
Talvez seja um degrauzinho vencido na escada...
Adoro a sensação que tenho de que estou sempre cercada das pessoas certas e que, no momento certo, sempre me mostram pra que lado o vento quer me levar...
Te amo.
"Ajudar" o destino não faz mal algum. Pelo contrário, faz até bem! Gostei muito do texto.
ResponderExcluirSou Dona de Meu Destino... Já li Um Artigo neste outro Blog que Muito diz da Verdade que Acredito. Veja! http://omundo-meuquintal.blogspot.com/2010/01/dono-do-meu-destino-capitao-da-minha.html
ResponderExcluirNada acontece por acaso, e como disse o amigo, ajudar o destino não tem nenhum mal. Que bom que gostou! Que Deus preserve muito teu dom! Axé!
ResponderExcluirClaro que destino existe e pode até ser previsto...ou pré-sentido(existe esta palavra?)! Eu sei bem...Um dia conto para você porque tenho tanta certeza! Gostei do texto, como gosto de tudo o que você escreve, mesmo sem entender deste seu mundo espiritual!Bj!
ResponderExcluirAmo a criatividade e os ensinamentos de seus textos.
ResponderExcluirAcredito em destino e acredito, também, que nosso livre arbitrio é a forma de torná-lo melhor ou pior. Creio que temos os caminhos, os encontros, os desencontros, as pessoas, os trabalhos, as cidades, os livros, a educação, a religião…tudo traçado para nossos encontros e achados, ganhos ou perdas. Ao longo de nossa caminhada temos o nosso livre arbitrio em dar o melhor de nós para ter a preparação necessária ao receber o que o destino nos traz.
Quando você diz em seu texto “Não há uma perfeita incorporação da Umbanda sem interferência do médium. A entidade não pode se expressar em sua plenitude se o médium não procurar sempre se tornar melhor.” Você está propondo uma preparação do médium para que tenha condições de entender, receber e cooperar para que a comunicação de sua entidade seja a melhor possível.
Acredito que isto deve ser feito em todos os aspectos de nossa vida. O destino nos dá um aviso e precisamos estar preparados para entender que a hora é agora e o momento é este, do contrário perdemos a oportunidade de fazer ou ter o melhor. Quanto a curiosidade dos 44 anos, acredito que no aspecto positivo, como toda filha de Iansã, a sua só irá aumentar.
Muita Luz e Paz em sua caminhada.
Costumo dizer que precisamos estar espiritualmente preparados para vermos um filme ou lermos algo, ou que o estado de espírito que temos à época influencia a interpretação. Várias foram as oportunidades nas quais ao ler/ver uma segunda vez tiev uma impressão completamente diferente.
ResponderExcluirOtimo texto! Realmente existe predestinação, e também o livre-arbitrio, tudo com seus limites, pois, ao contrário do que muitos pensam e se iludem, nem tudo depende de nossa vontade ou escolha, muitas coisas que vem pra nós são dificeis de mastigar, mas, mesmo assim temos que engolir, mas, grande parte depende sim de nossa escolha e quando ela não é sábia padecemos. parabens pelo brilhante texto, pelos 4 ponto 4 e pela energia direcionada para o alto e a evolução, mental e espiritual. axé
ResponderExcluirJóia. Tua história aos poucos me revelada.
ResponderExcluirMinha linda!
ResponderExcluirCreio que viemos com uma programação! Acertamos os passos para reencarnar, são nos dadas as ferramentas, mas o abençoado véu do esquecimento, nos leva a agir muito na intuição e os livros são mágicos..Eu amo livros...e eles ajudam a nos dar os toques das missões que temos para conosco mesmos e com outros, enfim a tudo que estamos interligados.
De qualquer forma, essa programação, que chamo de destino, pode ser alterada na nossa caminhada dessa e de outras existências, pelo livre arbítrio, que é sagrado.
Mas seja como for, evoluímos sempre e sempre! Isso que importa!
Beijocas
Muito instigante a narrativa que você faz sobre a linha que tece seu destino. Passa pela paixão pelos livros, por escrever, pela dedicação a um tema e por sua relação com um livro especifico. Justamente o livro que você não leu foi o que escreveu talvez a parte mais sublime de sua vida, levando-a à fantástica e insuperável experiência da maternidade.
ResponderExcluirRealmente os desígnios do destino são misteriosos. Há momentos ou fatos de uma banalidade total, mas que trazem consequências e desdobramentos posteriores de retumbante significado. E só teremos esta percepção muito depois do momento ou fato que pareceu tão banal, mas não era.
A abertura do texto, sobre idade e curiosidade, não aponta para a questão do destino. O final, falando sobre assinatura conjunta do médium e da entidade, parece também como digressão do tema, não sei dizer se intencional ou não. Certamente todos esses assuntos paralelos - idade, curiosidade, mediunidade consciente e coautoria - são merecedores de textos específicos.
Um abraço grande, e parabéns pela forma tão expressiva de nos confirmar a força e o mistério do destino.
Concordo plenamente com você, a gente não pode ler um livro se não estivermos preparados para seu conteúdo. E essas coincidências que fazem a gente parar e dar risada, dão um sentido tão gostoso a vida, né?
ResponderExcluirBeijo
Menina Andrea,
ResponderExcluirArrasou com este texto!!!
Parabéns pelos 44 e pela sua contribuição à natureza
viva. Está escrito (na minha opinião),que você veio com uma missão especial. Dentre o todo, uma delas é arrebatar leitores e admiradores para seus escritos.Parabéns, abraço grandão: Liduina.
Cara Andréa e amig@s,
ResponderExcluirTeu post é de rara senssibilidade!
Tive a oportunidade no 12º Movimento Pela Vida em Palmas-TO de presenciar uma manifestação mediúnica durante o Projeto Voo da Águia de certificação de Cidadãos Planetários. Uma das pessoas certificadas, Genivalda Cravo, de Goiânia incorporou Pai Benedito, em pleno palco, pedindo para fazer parte do Conselho Mundial de Cidadania Planetária! Um momento de muito impacto em todos os presentes, pois houve uma mudança vibracional notável. Conto assim, porque a nossa amiga médium tinha acabado de doutorar-se em Ciência das Religiões e ao mesmo tempo não negava sua vocação de ser um canal mediúnico.
Parabéns pelo post inspirador e aguardamos você e amig@s na nossa RETRANS, onde ntre outros, podemos contatar com a Drª e Médium Genivalda Cravo.
Grato,
ABC fraterno (Abraço e Beijo do Cezimbra)
Texto perfeito amadíssima. Somos eternos aprendizes em nossas jornadas, terrena e espiritual, só assim podemos crescer e evoluir. A mediunidade é antes de tudo uma responsabilidade, um compromisso conosco e com o pano espiritual, e como tal deve ser encarado com seriedade, responsabiidade e vigilância. Me identifiquei também com seu amor pelos livros, costumo dizer que sou leitora compulsiva, rato de bibliotecas e sebos. Meu lindinho sempre me diz que eu posso passar batido na fvrente de uma joalheria, nem percebo que existe, mas em copemsação para me tirar de uma livraria é um parto, rsrsrsrsr.
ResponderExcluirMuito bom o seu texto
ResponderExcluirDestino pode ate existir... Mas eu ainda não encontrei o meu.
ResponderExcluirSe descobrir aonde compra me avisa!
kkkk...
Lindo o Texto amorekudahh
muito lindo!
smack
@Vampireska
Querida amiga!
ResponderExcluirSenti saudades de ler as postagens do seu blog.
Sempre com um conteúdo que me identifico, sempre!
Em primeiro lugar, velhice é um estado de espírito! (pelo menos é essa a minha opinião!)
Você é uma das mulheres mais experientes e com a mente aberta que conheço, gostaria que minha mãe fosse assim!
Outro dia estava tentando explicar pro meu namorado(ou noivo, sei lá) essa coisa de destino. Ele diz que não acredita que o destino exista. Mas eu acredito; e acredito que a gente faz o nosso destino - essa coisa de livre arbitrio!
Esse texto serviu pra reforçar a ideia - vou ler pra ele depois...
Tudo de bom, Andrea!
Juliana Fideles.
- @juliana_fideles
Destino? Mais um belíssimo texto de Andréa Destefani. Isso trouxe à lembrança uma antiga situação em que pensei: Tenho um livro para ler. Mas será que a minha mente está preparada para ler tal conteúdo? É impressionante como os textos de Andréa criam do ar ou do vento, uma situação completamente rica e nova.
ResponderExcluirParabéns, amiga!
Lindo texto!!
ResponderExcluirDestino? Acho que existe, porque as pessoas não se esbarram por acaso, as coisas não acontecem por acaso.
"O acaso é o instrumento escolhido pelo destino para que seus mais importantes planos para conosco sejam relizados."
- Charles Tschopp
ACREDITO NO DESTINO E NO LIVRE ARBITRIO.POIS SE NÃO EXISTISSE DESTINO NÃO PODERIA LE-LO NO JOGO DE BUZIOS,E SE NÃO EXISTISSE LIVRE ARBITRIO NÃO PODERIA-MOS MELHORAR O DESTINO ATRAVEZ DE NOSSAS ESCOLHAS OU PIRA-LO.
ResponderExcluirORUNMILA TE ABENÇOE!