sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Seguindo o Sol

Mamãe pode me falar o por quê das pessoas chorarem em casamento? Ora, o porquê é um só: emoção! Mas não faz sentido, ficar feliz faz sentido,mas chorar não! E, me dando as costas, lá se vai o Syrus com seus 11 anos de perplexidade sobre a existência humana.
Não tem sentido chorar em casamentos, tem? Nunca havia pensado nisto ,mas é um condicionamento. Uma cena que nos remete a um arquétipo de felicidade, que entra em choque com tudo que conhecemos de vida real. Conheço uma pessoa, que além de mim, também chora até em comercial de supermercado. Basta ter uma ligeira sugestão de felicidade eterna, que lá está ela chorando - como eu. Daria um maravilhoso estudo psicológico. Como não é minha área, vou me ater no que conheço.

Todo bom médium é hiper sensível. Não tem como ser diferente.É esta sensibilidade exacerbada que o torna apto a ficar em estado de vigília para exercer sua função mediúnica, e é o que proporciona também noites de sono mal dormidas.O processo de desenvolvimento é mais para te relembrar como se reconhece uma energia, porque somos todos espíritos que já tem experiências neste "reconhecimento".

Na grande maioria das vezes somos condicionados culturalmente a aceitar as coisas como são, mas quem trabalha com energias sutis tem que, necessariamente, estar alerta aos sinais que nossos protetores nos mostram. 
Estes dias uma amiga foi ver o nascer do Sol na Praia do Rosa e se emocionou muito. Dava para sentir de longe a energia boa que ela emanava. Ali ela encontrou o Divino e o Divino fez morada nela. Assim, além de se abastecer partilhou a energia com os que estavam perto. Ela então foi a prova viva da influência energética.
Por outro lado, fica, também, evidente a energia ruim nas pessoas e depende sim do que você alimenta sua alma. Com mediunidade ou você é quente ou você é frio, não existe meio termo. Algumas vezes já ouvi a seguinte frase: "Olha eu frequento tal lugar, eles fazem coisas erradas, mas eu faço a minha parte para o bem e tá tudo bem." Gente, isto "non ecxiste"! Fazendo parte de uma egrégora, de uma corrente eu sou você e você sou eu, não há distinção. Até porque , para surtir efeito, na hora da gira há meio que um nivelamento de energia para um determinado fim. Embora sejam instrumentos diferentes, todos tem que tocar a mesma música, senão não há concerto, no caso, a gira não "gira".

Da mesma forma, em outras religiões é bem comum encontrar dissonância entre o que se vê e o que cada praticante acha que está fazendo. Como a sua energia é algo totalmente "lida" pelas pessoas com as quais você interage, há que se cuidar sim com a egrégora a que queira pertencer. Quando você vai procurar emprego, fechar algum negócio ou mesmo fazer uma nova amizade a outra pessoa lê intuitivamente a energia que você passa. Não conseguimos o transbordar de energia boa o tempo inteiro, todos temos problemas ,mas temos que buscar sempre o equilíbrio , procurar alinhar nossos pensamentos com nossos sentimentos.  

Alguns umbandistas não gostam muito das lendas dos Orixás, mas elas são instrumentos para entendermos como é possível a transmutação de energias para exercermos plenamente nossos dons e quanto estamos ligados uns aos outros. Quando se trata de energia quanto mais observamos,mais aprendemos a ler e a perceber o mundo que nos envolve. Se nos entregamos a convenções culturais e sociais, passaremos a vida nos emocionando em casamentos, em instituições humanas, mas, se nos entregamos a luz de um novo dia nascendo, a presença do Criador fora e dentro de nós cada vez vai ser mais evidente. Não é fácil,mas é possível. Saravá!

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