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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Umbanda 2012 - Mensagem Ogum Beira Mar

Centro Espirita Cosme Damião comandado pelo Pai de Santo Paulo Faria,
esta foi uma gira na Praia do Vilatur, no RJ
Pensei em falar muitas coisas nesta postagem. Pedi aos amigos fotos de suas giras.Ia falar como são bonitas as famílias dos pequenos terreiros e que apesar dos problemas, são sólidas na fé, porque não são apenas um número, um conhece bem o outro. Então, senti que não apenas eu, mas seo Beira Mar tinha algo a dizer. Não costumo fazer isto, mas cedi ao meu mentor, porque sei que através dele muitos encontram a luz de que necessitam. Como em toda psicografia que faço, não altero nada em seu conteúdo. Nem tudo está bem claro para mim, pois creio que ainda não tenha conhecimento pleno. Se você ler e quiser postar alguma concepção nova que teve, ou opinião que queira compartilhar será extremamente bem vindo, pois juntos aprenderemos mais. Gostaria que notassem também cada sorriso de cada membro das giras que postei aqui. Ser de Umbanda também é sinônimo de alegria.

Aldeia Mata Virgem comandada pelo Pai de Santo Kiko Codina,
em São Sebastião- São Paulo
" Na qualidade de representante de muitas vozes, externo a todos o carinho e o amor divino que nos enlaça na Umbanda. Esta religião, criada em comum acordo entre seres de vários planos tem particularidades que devem ser pensadas. Uma delas é  a sua necessidade de uma corrente vibratória, tanto interna (médiuns), quanto externa (assistência). A partir da formação desta comunidade é que se desenrolam todas as funções espirituais de uma casa. Apesar desta aparência, a Umbanda também foi criada com outra necessidade, ou função, não menos importante que prestar assistência ao próximo.
Na qualidade de Ogum, a Umbanda foi criada para  proporcionar um caminho claro a cada ser, a cada indivíduo e assim, com a possibilidade de trilhar pela luz do conhecimento favorecer os que estão próximos.
Esta turma é do Centro Espiríta de Umbanda Ogum Mege e Oxum do Mar  comandado
pelos Pais de Santo  Eriich A. dos Santos Silva  e Celina Moreno Filgueiras ,
em São Gonçalo/RJ

Na qualidade de Yemanjá, foi criada para mostrar ao indivíduo que do mar da Criação Divina sempre poderá encontrar um meio de se renovar e crescer em harmonia com sua Origem.
Na qualidade de Oxum, foi estabelecida a religião na qual cada um tenha a possibilidade de enxergar em seu próximo a centelha Divina que há em si próprio, bem como a interligação de todos os seus atos refletidos no espelho das intenções do Criador.
Na qualidade de Yansã, a Umbanda firma no indivíduo a visão do Tempo como aliado às suas realizações íntimas de transformação, no vórtice da caridade plena, no momento em que consegue visualizar que é na base de seu ser que há uma fonte de onde jorra toda e qualquer energia de que necessite.
Na qualidade de Xangô, a religião dos mais simples, ensina ao adepto que é na falta de orgulho pessoal que há a verdadeira fortaleza , onde mal algum penetra.
Na qualidade de Oxóssi, a verdadeira Umbanda mostra a todo ser que busque a verdade, que ela está ,invariavelmente na alegria de cada fração de tempo vivida em harmonia com a sua própria natureza.
Na qualidade de Omoluh e Nanã, há a condição do ser descobrir os grandes mistérios do nascer e morrer, da reencarnação, dos propósitos mais íntimos do espírito e a realidade em que está embasada toda a fé.
Um delicioso café da manhã no
 Centro Espiríta de Umbanda Ogum Mege e Oxum do Mar 
Na qualidade de Oxalá, por fim, aquele que escolheu a Umbanda como morada há de descobrir que a felicidade é um meio e não um fim de sua busca pela integração com o Divino.
Falo a quem tem ouvidos na alma, a quem busca socorrer antes de pedir socorro, a quem sabe que a missão a que se determinou é anterior à esta vida. Estejamos todos em harmonia com a Luz Divina que vem de dentro, sob a eterna benção dos Orixás."
Caboclo de Ogum Beira Mar.




Finalizando , gostaria de desejar a todos um ótimo 2012, com a consciência de que é na individualidade que entramos em contato com os Orixás e nossos mentores espirituais. Faço uso desta foto linda do Alexandre Cumino, num "papo especial" com Xangô. Saravá a todos, Saravá 2012!

domingo, 28 de novembro de 2010

Firmando Um Ponto....

Andréa, eu não quero ver o Dyogo mexendo em minhas pedrinhas. Olha só, cada uma tem seu lugar aqui e não vou gostar nada disto. Falou muito séria uma fada, em um sonho que tive quando o Dyogo, meu filho do meio tinha 2 meses. A fadinha estava aqui na frente da casa do sítio, numa época que nem sonhava em vir morar aqui.
Meu filho cresceu, está com 11 anos, e na última sexta brigou muito sério, da forma séria que as crianças brigam, com seu irmão por estar usando uma calça dele. Não pela calça. Nos bolsos haviam pedrinhas e ele ia misturar tudo. Eram pedras da sorte. Não me lembro de algum dia meu filho não juntar pedras e não brigar pelas coisas justas, no ponto de vista dele. Está sob a energia de Xangô.
Já meu pequeno ,o Syrus, é distraido por natureza, se magoa facilmente  quando chega a prestar alguma atenção em quem lhe chama à razão. Trouxe do mato e guarda em seu quarto uma madeira que lembra um arco. Um dia diz que vai fazer flecchas para ele. É um pequeno Oxóssi. Foi da boca dele que também ouvi um grande ensinamento esta semana, eu e uma amiga. Ela estava muito triste. Ele percebeu a tristeza disfarçada e falou: acho legal o jeito das filhas de Yansã, é divertido as vezes. O que eu não acho legal é filhas de Oxum agirem como filhas de Yansã, isso vai contra a natureza. Filhas de Yansã são filhas de Yansã. Filhas de Oxum são filhas de Oxum. 
Todas as crianças são capazes de nos passar mensagens, por sua pureza. Esta minha amiga, sem ele saber , realmente é filha de Oxum e andava triste querendo empunhar uma espada ,quando na verdade sua resposta estava no espelho.Talvez estejamos tão embrenhados na mata de nossos pensamentos que não consigamos mais ler nossos próprios símbolos.
Nossa vida é ler ,interpretar e produzir símbolos. A escrita e a fala são símbolos. Eu creio que deveríamos estudar semiótica desde pequenos, na escola mesmo, mas com um linguajar mais acessível. Na umbanda , simplificando bem, a assinatura de distinção das entidades é o ponto riscado.
Em pontos de exu na maioria das vezes você identifica tridentes, por exemplo. Nada tem a ver com a figura demoníaca constituida a partir da Idade Média pela Santa Igreja Católica. O tridente é um símbolo milenar atribuído a Poseidon, deus dos mares e a princípio é o elemento que possibilita a pesca e a fartura de alimentos. Na religião hindu, logo depois, foi usado como arma de Shiva, representando a criação ,o ser e a destruição, ou a possibilidade de comunicar o passado, presente e futuro. Ainda sobre exus ,um dos símbolos que depois, e confio nisto, que acabar esta guerra no Rio de Janeiro terá o significado de proteção será o da caveira: morte e prisão para quem merece, proteção ao trabalhador.
Talvez um dos símbolos mais antigos seja o da flecha. Ele está representado nas divindades gregas Apolo e Artemis.Na Umbanda brasileira a linha dos caboclos, seja de Ogum, Oxossi ou Xangô, utilizasse em seus pontos flechas. Índios de todos os pontos do mundo sabem a máxima: uma flecha sozinha pode ser facilmente quebrada, mas num feixe delas se torna invulnerável. Portanto do Ocidente à China sabe-se que simboliza a importância da união. No mundo inteiro este símbolo é usado ,mas sua interpretação é feita conforme o contexto em que se encontra. Uma seta indicando uma direção numa rodovia, não indica logicamente a presença de índios no local. Um fato interessante que pesquisei é que o único lugar onde a flecha nunca foi usada como símbolo foi nas civilizações pré-colombianas ,onde usava-se um dardo lançado por uma funda.
Quando se mora perto da natureza e se depende dela o ser humano é obrigado a interpretar os símbolos. Pescadores sabem quando vai chover ou quando vai parar, não pelo estudo de metereologia,mas pela observação e ensinamentos passados pelas gerações. Assim como também em fazendas e sítios o pessoal da lida com animais e lavoura também sabem interpretar os sinais da natureza. Uma coisa eu sei, pois aprendi aqui: aranhas andando pelo meio da casa é um sinal de que vai esfriar, pois elas estão procurando abrigos mais quentes.
O estudar demais e seguir regras nos faz fechar nossas mentes para o novo.  A Umbanda como religião ainda é uma criança pequena, a interpretação de seus símbolos e a formação deles ainda está em crescimento. Para mim, cada vez mais , como uma vez falei em meu livro- Terapia do Pensar-Editora Juruá- a captação dos elementos que correm no inconsciente coletivo pelos médiuns com ajuda das entidades, se transformarão em mensagens educacionais e de força, cada vez mais importantes para estes tempos tão tumultuados. Talvez aí esteja um ponto importante: as entidades como auxiliadores da leitura de símbolos pessoais para que cada um com seu livre-arbítrio possa construir um destino, respeitando sempre sua própria natureza. Tudo isto tem me ajudado a educar meus filhos: o meu de Xangô sempre chamo a atenção para que evite julgamentos precipitados e o meu de Oxóssi sempre procuro falar sobre notícias dos telejornais, para se ligar um pouco em nossa civilização e seus acontecimentos. Quanto ao meu filho mais velho acredito que ele seja de Ogum, pois travamos juntos batalhas importantes nesta vida, mas ainda temos que aprender a conviver melhor. Quanto a mim mesma ,tenho buscado ficar relembrando que ter um temperamento explosivo não é um atributo e sim um defeito. E como tal deve ser doutrinado.
Lembrem -se também, fadas são lindas e pequeninas, mas podem também ser mal humoradas. Tenham uma ótima semana.

Aconselho se quiserem ter um dicionário de símbolos muito bom leiam: Dicionário Ilustrado de Simbolos de Hans Biedermann - Editora Melhoramentos.

Não esqueçam da campanha: Blog World Cicle: ONDE O MUNDO NUNCA PÁRA: CAMPANHA CRACK NEM PENSAR! http://t.co/cFQ1O72