Inconformado com o que se passava em sua tribo, o robusto e taciturno índio decide afastar-se dela, de seus amigos, de sua família e viver isolado. Julgava ser impossível que o seu povo não lhe ouvisse e continuasse em profunda desorganização. Enquanto outras tribos da região que hoje é conhecida como Mato Grosso do Sul cresciam e se desenvolviam, a tribo dos Xererês estava em imensa confusão. Não dava mais para ele. Tinha mesmo que viver sozinho. Estava decidido.
Este é o início da história do Caboclo da Cachoeira, um espírito enorme da linha de Xangô, mas de coração brando e fala acolhedora. Quem em sã consciência já não pensou em abandonar a civilização diante das injustiças deste mundo e ir morar em um lugar afastado? Todos, mas quem geralmente faz isto de fato são os filhos de Xangô. Estou eu aqui de prova. Antes de mim ainda, o meu lindinho já morava no sítio sozinho. Ambos somos filhos deste Orixá.
Xangô é a energia suprema da Lei Divina. Sua machadinha que nos dicionários de símbolos leva o nome de bipene é o próprio símbolo da Justiça Divina ,pois possue dois gumes: se você clamar pela justiça será julgado também. Por este motivo quando acender uma vela para Xangô use de humildade e discernimento: será que seus atos são tão melhores do que os dos outros e não merecem ir a julgamento? Ao contrário da justiça terrena o tempo de “trâmite’ da Divina é correto e sem delongas: ocorre no momento exato e a sua promulgação é como o trovão a quem Xangô governa também : repentinamente vem após uma clarão em nossa consciência e ocupa todo nosso espaço auditivo do corpo e da alma.
Onde há vida, há o Divino se manifestando e ali estão suas leis imutáveis. Na natureza , entre os animais e vegetais sobrevive o mais forte, e ali conseguimos até entender um pouco da lógica legislativa Divina . Quando se trata da mesma lei em execução entre nós o entendimento fica restrito, por nossa própria condição de vítimas e réus da vida que levamos.
Julgamentos são sempre perigosos, fuja ao máximo deles. A partir do momento que se julga perdemos um pouco do discernimento da humildade e da caridade. Sabe, meu painho sempre fala que apesar de sermos filhos de Orixás e sabermos as suas características negativas de seus filhos sempre podemos mudar, nos controlar. Talvez este seja o ponto mais difícil da mediunidade. Painho também fala que a Umbanda é uma religião de combate. Pois digo a vocês que o primeiro combate é contra nossas concepções pré-estabelecidas , em prol de nosso próprio crescimento e o primeiro ato de caridade é para nós mesmos: edificar um espírito melhor, para então ser um bom canal de comunicação entre o Divino e àqueles que precisam Dele.
Se você estiver passando por problemas peça equilíbrio a Xangô, pois certamente não lhe faltará. Podemos ser injustos também no julgamento de nossas próprias dores e não sabemos se o que nos ocorre no momento é para um bem melhor que nos advirá. Senão puder fazer pessoalmente, imagine-se banhando em uma cachoeira, onde toda tristeza seja levada e transformada, para que seus passos sejam mais firmes e seu coração fique mais leve na caminhada.
Quando tiverem oportunidade, visitem uma pedreira. A energia que há ali chamamos também de Xangô. A primeira vez que visitei uma não conhecia a Umbanda ainda. Coincidentemente ou não, depois desta visita minha vida mudou completamente. E toda vez que precisava de força no processo em que estava passando me lembrava dela, pois foi lá, na pedreira, que senti a grandiosidade de Deus.
Onde há ação, há reação. Sem Yansã, não há Xangô. Ela é seu complementar. Não há lei sem execução. E por ser minha fonte de energia divina também, tratarei de sua energia na próxima postagem. Deixo aqui o link para lerem o término da história do caboclo da Cachoeira. Kaô Cabecille!
Este é o início da história do Caboclo da Cachoeira, um espírito enorme da linha de Xangô, mas de coração brando e fala acolhedora. Quem em sã consciência já não pensou em abandonar a civilização diante das injustiças deste mundo e ir morar em um lugar afastado? Todos, mas quem geralmente faz isto de fato são os filhos de Xangô. Estou eu aqui de prova. Antes de mim ainda, o meu lindinho já morava no sítio sozinho. Ambos somos filhos deste Orixá.
Xangô é a energia suprema da Lei Divina. Sua machadinha que nos dicionários de símbolos leva o nome de bipene é o próprio símbolo da Justiça Divina ,pois possue dois gumes: se você clamar pela justiça será julgado também. Por este motivo quando acender uma vela para Xangô use de humildade e discernimento: será que seus atos são tão melhores do que os dos outros e não merecem ir a julgamento? Ao contrário da justiça terrena o tempo de “trâmite’ da Divina é correto e sem delongas: ocorre no momento exato e a sua promulgação é como o trovão a quem Xangô governa também : repentinamente vem após uma clarão em nossa consciência e ocupa todo nosso espaço auditivo do corpo e da alma.
Onde há vida, há o Divino se manifestando e ali estão suas leis imutáveis. Na natureza , entre os animais e vegetais sobrevive o mais forte, e ali conseguimos até entender um pouco da lógica legislativa Divina . Quando se trata da mesma lei em execução entre nós o entendimento fica restrito, por nossa própria condição de vítimas e réus da vida que levamos.
Julgamentos são sempre perigosos, fuja ao máximo deles. A partir do momento que se julga perdemos um pouco do discernimento da humildade e da caridade. Sabe, meu painho sempre fala que apesar de sermos filhos de Orixás e sabermos as suas características negativas de seus filhos sempre podemos mudar, nos controlar. Talvez este seja o ponto mais difícil da mediunidade. Painho também fala que a Umbanda é uma religião de combate. Pois digo a vocês que o primeiro combate é contra nossas concepções pré-estabelecidas , em prol de nosso próprio crescimento e o primeiro ato de caridade é para nós mesmos: edificar um espírito melhor, para então ser um bom canal de comunicação entre o Divino e àqueles que precisam Dele.
Se você estiver passando por problemas peça equilíbrio a Xangô, pois certamente não lhe faltará. Podemos ser injustos também no julgamento de nossas próprias dores e não sabemos se o que nos ocorre no momento é para um bem melhor que nos advirá. Senão puder fazer pessoalmente, imagine-se banhando em uma cachoeira, onde toda tristeza seja levada e transformada, para que seus passos sejam mais firmes e seu coração fique mais leve na caminhada.
Quando tiverem oportunidade, visitem uma pedreira. A energia que há ali chamamos também de Xangô. A primeira vez que visitei uma não conhecia a Umbanda ainda. Coincidentemente ou não, depois desta visita minha vida mudou completamente. E toda vez que precisava de força no processo em que estava passando me lembrava dela, pois foi lá, na pedreira, que senti a grandiosidade de Deus.
Onde há ação, há reação. Sem Yansã, não há Xangô. Ela é seu complementar. Não há lei sem execução. E por ser minha fonte de energia divina também, tratarei de sua energia na próxima postagem. Deixo aqui o link para lerem o término da história do caboclo da Cachoeira. Kaô Cabecille!
Kaô, meu pai Xangô!
ResponderExcluirSaravá, Caboclo da Cachoeira!
Saravá, Andréa.
Saravá, nóis tudo.
Kaô, pai Xangô.
ResponderExcluirSaravá, Caboclo da Cachoeira.
Saravá, Andréa.
Saravá "nóis tudo"
Axé
O sistema está meio travado hoje, mas peço a gentileza de insistirem nas postagens porque sempre elas acabam ajudando e acrescentando ao texto!
ResponderExcluirSaravá irmã de luz, quanta honra! Poucas vezes me pego sem palavras (a gente que é da Comunicação não admite isso às vezes, né?)mas agora estou. Espero que meu "como sempre" antecedendo "um texto iluminado para a minha semana" não soe menos sincero do que de fato é. Iluminou a semana do meu aniversário! Kaô Cabecille, Xangô! Vamos "levar a todo o mundo a bandeira de Oxalá" :) Ótimos dias a você! Marcela Marcos
ResponderExcluirPrezada Andréa,
ResponderExcluirAcompanho o seu blog há algum tempo. Gosto de visitar suas páginas e ler os seus artigos, sempre muito verdadeiros e autênticos, com toda a sinceridade de mostrar ao mundo a sua fé pelos caminhos da Umbanda.
Bem, hoje aconteceu uma “coincidência” muito interessante. Eu passei a noite toda com um “ponto” vindo na minha cabeça, a cada minuto... acho que você conhece:
Meu Pai Xangô é rei lá na pedreira
Também é rei, Caboclo da Cachoeira
Meu Pai Xangô é rei lá na pedreira
Também é rei Caboclo da Cachoeira
A sua aldeia tem os seus caboclos
A sua mata tem a cachoeira
No seu saiote tem penas douradas
Seu capacete brilha na alvorada
Comecei a frequentar a Umbanda quando ainda era “piá”, morando em Curitiba. Hoje, moro bem longe da minha terra e aqui não há terreiros de Umbanda. Realmente, a última vez que ouvi esse ponto em um terreiro de Umbanda faz muito, muito tempo... mas passei a noite toda com esse ponto na cabeça... e eis que então, vejo o seu artigo sobre o Caboclo da Cachoeira!
Eu não conhecia a história do Caboclo da Cachoeira, mas a minha vida tem a ver com a história dele - escolhi viver longe da minha terra, por motivos muito semelhantes. Hoje tenho uma compreensão diferente da vida e quero voltar.
Espero que o Caboclo da Cachoeira possa me ajudar...
Parabéns pelos artigos, continue nos brindando com suas idéias e pontos de vista, sempre tão interessantes! Obrigado!
Miguel
Tenho encontrado muitos ensinamentos por aqui! Parabéns
ResponderExcluirConcordo plenamente que o primeiro combate que temos que travar é contra nossas próprias concepções pré-estabelecidas. Exatamente um dos ossos da "coluna dorsal" do Ateísmo.
ResponderExcluirPrezada Andréa...
ResponderExcluirSeu blog é realmente muito interessante, as palavras bem colocadas, de fácil entendimento em suas mensagens, até porque, as palavras ditas são realmente de uma pessoa em busca constante de uma evolução espiritual. Procurando dar o entendimento em cada mensagem dos Òrísás, uma profundidade a mais do que os já pré-estabelecidos.
Sangò é o senhor da Justiça... e só a "Ele" cabe o nosso julgamento. Kawo Kabiesilè Bàbá Obá!
Continue escrevendo coisas lindas como essas...pois acrescentará aos bons adeptos da Umbanda, do Candomblé (como é o meu caso) e até mesmo os simpatizantes, a terem uma visão diferente da nossa religiosidade.
Muitos beijos e muito Asè. Que seu "Ori" continue sendo iluminado! Asè Asè Asè!
O negócio é se isolar da programação mental, que move as pessoas por caminhos egoístas e insustentáveis. Quando fazemos isto, nos libertamos, encontramos pessoas como nós, as mesmas que seo Cachoeira encontrou na natureza... nós também somos a natureza, e cada ser vivo faz parte de um mesmo organismo vivo, chamado por nós de Terra.
ResponderExcluirPra conseguir isto não é difícil, basta chamar por justiça, a verdadeira, aquela como a de Xangô. Chega de dividir a Terra em reinos, na verdade ela é um só reino, o reino da Luz de Oxalá.
Homens, animais, plantas, e, pasme, até minerais! Somos todos UM. Nossa responsabilidade reside também no saber, afinal somos os únicos equipados para este propósito.
O conhecimento encontrado na maçã, (não só aquela simbólica da bíblia, o fruto mesmo) pra quem não sabe é enorme. A maçã tem o formato do campo eletromagnético do Planeta, partida ao meio podemos ver nela a geometria divina, gabarito de tudo que existe no Universo.
Demócrito previu a existência do átomo apenas observando o fruto do conhecimento, da natureza, da Terra. E a maçã de Newton, quanto conhecimento gerou!?
No livro da natureza não encontramos apenas sabedoria, encontramos amigos, amigas e juntos todos encontramos Deus. Antes formavamos tribos, passamos por sociedades, culturas, hoje com a fragmentação destas sociedades formamos círculos...
Eu já encontrei a Andréa Destefani, usando tecnologia mas através da Natureza, conhecer o amigo Jorg Ben Jorge também foi por aí... Fernando Guimarães, Lucília e muitos outros reencontros... Se eu estivesse muito ocupado com trabalho (que alguns ainda pensam ser libertador) ou com teledramaturgia (que alguns ainda pensa serem lindas histórias de amor), estaria isolado, em um mundo além do natural, fictício.
O pior isolamento é aquele advindo do apego, do materialismo e da busca do crescimento pelo crescimento, pelo poderamento. Ora bolas! Um dia vamos todos partir deste Planeta e muito antes vamos partir desta vida material, morrer, alguns muitas e muitas vezes pela reencarnação, até que consigam se libertar da nefasta energia criada pelo ego.
"Viva o dia de hoje como se fosse o último, um dia você acerta."
Você quer viver seu último dia sem conhecer profundamente as pessoas, a natureza e suas maravilhas, quer apodrecer vendo novela ou fazendo compras?
Bom, cada um cada um, respeito o livre-arbítrio, mas decidi viver conhecendo pessoas e ajudando-as em seu processo de despertar. A Matrix tem seus encantos, mas é implacável com o espírito, aprisionando-o em uma caverna fria e escura.
Se quiser viver sozinho viva, mas conecte-se com a natureza, com seu próximo. Somos todos UM e o Deus é UM só. Não existem divisões que não aquelas definidas por um programa de domínio e poder o qual se submente hoje apenas quem quer, ou quem ainda não acordou.
Por isso a toda hora diga: BOM DIA VIDA! e quando vejo as coisas indo mal na vida social digo: Kaô-Ô-Cabecilê-Obá! Chamando pela justiça de Xangô.
Deus nos abençoe a todos!
mocinha....que DÁDIVA poder ERRAR !!!!
ResponderExcluirMAS que HORROR pretender JULGAR ....
APRENDER é o MAIOR prazer....todo o conhecimento meu espírito leva eternamente e espalha,mas o JULGAMENTO é só VAIDADE...
ADOREI me banhar na cachoeira do seu amigo !!!! UH!!! BJOKA PRA ELE !
OBRIGADÍSSIMA ....adorei a lição.... ;)
muuuuuuuaaaa! \o/