segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Enquanto os anjos não falam

Se, há uns 25 anos atrás, tempo que não significa muita coisa para a história, fosse previsto que um afrodescendente seria presidente dos EUA (um negão muito charmoso por sinal), um metalurgico ocuparia a mesma função no Brasil e logo depois seria sucedido por uma mulher, internavam a pessoa no ato. Não discuto política, apenas as coisas da vida.
Tive uma infância onde lia muito e brincava outro tanto. Meus filhos não sabem como pude sobreviver sem video games e computadores naquela época. Nem eu, mas sobrevivi. Melhor, renasci em outra época.Acredito mesmo que morremos num momento para renascermos na mesma vida ,mas num mundo totalmente diferente. As pessoas que em uma época estão sempre presentes, em outra nem sabemos por onde andam.
Pediram para que eu falasse sobre a morte vista pela Umbanda. Desculpem-me, mas neste ponto a religião é cega. Ela não reconhece a morte, pois cultua a vida em todas suas manifestações. O umbandista entende isto, contudo isto não o torna uma pessoa insensível às suas perdas. Enquanto pendurava minhas roupas no varal, uma pequena luz se acendeu em meus pensamentos.
Todos dizem que as pessoas são materialistas no mundo atual. Podem até ser. Contudo, diante de uma lembrança de outros tempos, de uma outra vida vivida nesta encaranação mesmo, de filhos e netos que nascem, de pessoas amadas que desencarnam somos definitivamente espirituais. Temos que crêr que algo nos conduz e nos protege e principalmente que temos braços que nos amparam quando precisamos.
Quem já perdeu alguém que amava muito, há de concordar comigo. A dor que sentimos é algo lancinante. Nenhum consolo verbal é suficiente nesta hora. E então quando recobramos a respiração, nos pegamos em busca de sinais de vida de quem já se foi. Às vezes pode ser de forma discreta e íntima, as vezes mais contundente.
Temos que estar dispostos a ouvir, se queremos mesmo sinais. Porque nosso egoísmo as vezes nos ensurdece o coração. Nos 25 primeiros dias depois da morte da minha mãe, discuti muito com Deus. Eu não tinha nenhuma religião, mas sonhava frequentemente com pessoas que já morreram me passando mensagens. Pois bem, se podia servir para passar mensagens , porque cargas d'água não poderia recebê-las também? Deus ouviu muito por aqueles dias.
Um amigo havia me pedido apoio, porque seu filho havia nascido com paralisia cerebral.Consegui que uma pessoa maravilhosa fizesse fisioterapia de graça. Fiquei tão feliz que agradeci ao Divino, apesar Dele ter levado minha mãe(deixei claro!),a oportunidade de fazer algo legal por alguém que estava sofrendo mais do que eu. Era o vígésimo sexto dia do meu luto.Depois disso e me lembro bem, comecei a passar mal e me deitei. Em meus sonhos dei de cara com minha mãe e comecei a chorar muito. Ela ria e dizia : não venha me dizer você também que eu morri, ninguém entra aqui para me falar que ganhei na mega sena...Falando desse jeito, era ela mesmo.
Já fazem quase dez anos. Sinto sim falta dela, só que aprendi que não devemos ultrapassar o limite da nossa própria dor, porque fatalmente geraremos mais dor aos que nos são próximos.Espero sempre que ela me dê sinais, mas mãe sempre sabe a hora que um filho mais precisa dela.Só digo a vocês que , se perderam alguém que amavam, tenham certeza que só não os enxergam ,porque amor é algo eterno e indestrutivel.
Sou a favor mesmo de comemorarmos o dia de finados com alegria e festa.A morte não é para ser vista como algo macabro, nem seus entes queridos viram fantasmas.Devemos lembrar os momentos engraçados e felizes que passamos com os que já se foram do nosso campo de visão. Amor é vida eterna, deve ser celebrada.
A Umbanda é formada numa primeira vista de espiritos de negros, indios, crianças e exus,mas é muito mais do que isso. São, juntamente com os médiuns, espiritos consoladores, auxiliares da construção de uma nova visão, transmutadores de energias e pontes para nossa religação com a natureza de que fazemos parte.E enquanto os anjos não passam as mensagens que você quer ouvir vibre em amor e alegria. Tenham todos uma boa semana!

23 comentários:

  1. Era o que eu necessitava ouvir nesse momento, a morte como um cotidiano de mutações mas conosco ainda vivos, definiste bem o conceito.
    Minha avó brinca muito com isso porque aos 77 anos não se é possível mais encontrar mais da metade das pessoas que passaram pela vida dela, eram 13 irmãos, restaram 7 e o número está prestes a cair mais ainda, mas as pessoas não são números, pra ela cada um deles é um pedaço de sua vida e isso ainda à machuca.
    Acho que esse pedido foi mais pelo fato de mortes estarem sempre muito presentes em minha vida,sobretudo em seu sentido de mudança brusca, nesse periodo vivo um final de curso técnico onde cada um que me cercou me ensinou um pouco, com eles rompi barreiras, preconceitos e meus medos, mas muitos deles se vão, não porque morrerão mas porque cada um segue seu caminho, essa é a vida e sempre será ... E nós seres humanos não sabemos perder, não aceitamos e buscamos respostas que amenizem tal dor.Porém as vezes é melhor que a dor seja vivida do que amenizada .... só assim talvez ela tenha fim ou se transforme em uma saudade

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  2. Querida irmã de fé venho escrever pra ti mais um texto e dizer que você devia escrever um livro para passar esse dom que Deus te deu da escrita.....pense nisso!!!

    Cumprida mais uma jornada na terra,
    seguem os espíritos para a pátria espiritual,
    conduzindo a bagagem dos feitos acumulados
    em suas existências físicas.
    Aportam no plano espiritual, nem anjos, nem
    demônios. São homens, almas em aprendizagem
    despojadas da carne.
    São os mesmos homens que eram antes da morte.
    A desencarnação não lhes modifica hábitos,
    nem costumes. Não lhes outorga títulos,
    nem conquistas. Não lhes retira méritos,
    nem realizações. Cada um se apresenta após a
    morte como sempre viveu.
    Não ocorre nenhum milagre de transformação
    para aqueles que atingem o grande porto.
    Raros são aqueles que despertam com a consciência
    livre, após a inevitável travessia.
    A grande maioria, vinculada de forma intensa às
    sensações da matéria, demora-se, infeliz,
    ignorando a nova realidade.
    Muitos agem como turistas confusos em visita
    à grande cidade, buscando incessantemente
    endereços que não conseguem localizar.
    Sentem a alma visitada por aflições e remorsos,
    receios e ansiedades.
    Se refletissem um pouco perceberiam que a
    vida prossegue sem grandes modificações.
    Os escravos do prazer prosseguem inquietos.
    Os servos do ódio demoram-se em aflição.
    Os companheiros da ilusão permanecem
    enganados. Os aficionados da mentira
    dementam-se sob imagens desordenadas.
    Os amigos da ignorância continuam perturbados.
    Além disso, a maior parte dos seres não é capaz
    de perceber o apoio dispensado pelos espíritos
    superiores. Sim, porque mesmo os seres mais
    infelizes e voltados ao mal não são esquecidos
    ou abandonados pelo auxílio divino.
    Em toda parte e sem cessar, amigos espirituais
    amparam todos os seus irmãos, refletindo a
    paternal providência divina.
    Morrer, longe de ser o descansar nas mansões
    celestes ou o expurgar sem remissão nas zonas
    infelizes, é, pura e simplesmente, recomeçar a viver.
    A morte a todos aguarda.
    Preparar-se para tal acontecimento é tarefa inadiável.
    Apenas as almas esclarecidas e experimentadas na
    batalha redentora serão capazes de transpor a barreira
    do túmulo e caminhar em liberdade.
    A reencarnação é uma bendita oportunidade de
    evolução. A matéria em que nos encontramos
    imersos, por ora, é abençoado campo de luta e
    de aprimoramento pessoal.
    Cada dia de que dispomos na carne é nova
    chance de recomeço. Tal benefício deve ser
    aproveitado para aquisição dos
    verdadeiros valores que resistem à própria morte.
    Na contabilidade divina a soma de ações nobres
    anula a coletânea equivalente de atos indignos.
    Todo amor dedicado ao próximo, em serviço
    educativo à humanidade, é degrau de ascensão.
    Quando o véu da morte fechar os nossos olhos
    nesta existência, continuaremos vivendo, em
    outro plano e em condições diversas.
    Estaremos, no entanto, imbuídos dos mesmos
    defeitos e das mesmas qualidades que nos
    movimentavam antes do transe da morte.
    A adaptação a essa nova realidade dependerá
    da forma como nos tivermos preparado para ela.
    Semeamos a partir de hoje a colheita de venturas,
    ou de desdita, do amanhã.
    Pense nisso.

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  3. Andrea, acho justo que o primeiro comentário seja o meu. Nós duas sabemos o que aconteceu, foi muito forte! A saudade vai me acompanhar a vida toda. Na hora da perda, da separação a dor é algo que não consigo descrever..No meu caso perdi meu chão, meu rumo, meu prumo. Mas, talvez por que minha família é assim, não houve desespero. Era só uma tristeza imensa que não cabia em nós. Não lembro se questionei Deus sobre isto. A dor de vê-lo doente era maior que dor de deixá-lo partir. Creio que pedi por isto na época, não conseguia conviver com ele sofrendo....Não vejo o dia dos finados nem de forma macabra, nem de motivo de festa. Não tenho o costume de ir ao cemitério..Rezo pra que tudo esteja bem com ele. A saudade dele, esta me acompanha todos dias da minha vida e vou levar comigo o resto dos meus dias...Beijo grande e obrigada

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  4. Olá!
    Gostei dos teus escritos!
    Seguido-te!
    Bjs!
    Conheça meu blog --> http://wwwautenticidade.blogspot.com

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  5. Olá amiga... tentando mais uma vez.
    Sou espírita.. desde que nasci, dirijo um centro espírita.
    Meu pai tb desencarnou, sinto saudades, mas não a sensação da perda, sei que ele está mais vivo do que nunca e já conversamos algumas vezes.
    Não me ligo ao dia dos finados, confesso que até esqueço que esse é o motivo do feriado, mas respeito todos os sentimentos nesse dia. Tomara que sejam sentimentos de amor, para que os desencarnados se sintam lembrados e amados.
    Não conheço profundamente a umbanda, mas já tive oportunidade de conversar com muitos espíritos ligados a sua religião, sempre com o objetivo de, juntos, poder ajudar algumas pessoas.
    Certo dia um me disse que eu era filha de Iansã com Ogum, não sei bem o que significa, mas recebi esse informação com respeito. Depois acabei ganhando uma imagem de Santa Bárbara e depois fiquei sabendo que era a representação de Iansã... que bom.
    Parabéns pelo seu blog amiga.
    @lucilene_b

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  6. Recomendo a leitura de um belo texto escrito por Leonardo Boff intitulado o Encanto dos Orixás. Sua conclusão é que como teólogo, ele deve encontrar Deus nas mais diversas manifestações da vida, se não fizesse isso, não seria teólogo, mas um estudioso de doutrinas e fundamentalista.

    Thiago Azevedo do Descanso da Alma

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  7. Não posso nem pensar em perder a minha mãe, não sou tão evoluída pra aceitar o fato.

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  8. Olá amiga.
    Seu comentário até parece uma coincidência estes dias mesmo falava do México, onde celebram com festa a vida das pessoas que se foram, no finado. Eu sou suspeita já que para mim é dia de festa, meu aniversário.
    Abraços

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  9. Primeiramente meus parabéns pelo texto!Deve ser óbvio dizer que voçê tem uma linda forma de se expressar por meio das palavras escrita,o que faz cada leitor receber de maneira bem peculiar sua mensagem.
    No meu caso o texto caiu com uma luva,confesso que sou uma pessoa passional e facilmente arrebato-me emocionalmente com "coisas da vida" que me surpreendem,tocam-me...e por final me transformam.
    Esse texto em particular teve um efeito especial sobre mim,primeiro porque hj é dia de louvação Obaluaê na Tenda de Umbanda Luz do Oriente,casa q faço parte da corrente,a qual se localiza em Belém-PA,e eu estou do outro lado país,Curitiba,morrendo de saudade...e segundo minha tia Léa,que mora em Macapá,está muito adoentada,a ponto de não resistir sua matéria por mais tempo.
    É como você disse acima por mais que nós umbandista tenhamos um compreensão da vida e morte,a possibilidade e a "realidade" de perder alguém que amamos ainda nos causa uma dor indescritível e imensurável, enfim...
    E no dia de hj,peço ao senhor Atoto Obaluaê,aos guias e a Deus que minha tia faça uma passagem sem dor e com muito amor!
    É isso...obrigada,suas palavras acalmaram meu coração e minha mente!
    Atoto Obaluaê
    AXÉ!

    ALANNA SOUTO

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  10. Amiga e parceira, enquanto existir no mundo pessoas como você, teremos certeza de que caminharemos para que ele seja cada vez melhor.
    Parabéns!!
    Bju gde da sua amiga e admiradora

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  11. Grande amiga,

    Você sempre vem com as palavras certas no correto momento. É incrível: estou emocionada!
    Bem, sobre política eu também não dou minha opinião, pois além de não gostar, eu não sei muito sobre tal.

    Já sobre morte, eu acredito que sei bastante (não tanto quanto outras pessoas), mas também não falo muito sobre.
    É realmente um assunto delicado sobre se falar.
    Há dois anos perdi meu pai. Não foi fácil pra uma criança de 18 anos (assim que eu me considerava na época). Também sonhei várias vezes com ele, e nunca eram sonhos bons. Isso só aumentou meu medo sobre tal assunto. Sei que é recente, mas já me recuperei bem. Perdi a fé por um tempo. Mas aprendi a aceitar a vida como é e, apesar de ser uma cicatriz que talvez nunca feche, eu não vejo mais a morte como o fim, e sim como o renascer para uma nova vida.


    (No meu blog há um texto, falando sobre tal assunto. O nome é 'Texto Vazio'. Para ler o texto é preciso selecioná-lo, já que a fonte e o fundo estão nas mesmas cores. Se quiser ler:
    julianafideles.blogspot.com)

    Querida amiga, obrigada por tudo.

    Sem mais palavras.

    Juliana Araújo Fideles.

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  12. Amiga, eu perdi meu pai quando tinha apenas 7 meses de idade.
    Para falar a verdade eu não sinto saudade, porque não tenho ele em minha memória, se o visse em sonhos não o reconheceria pois só o vejo de algumas fotografias.
    Um dia em uma sessão, perguntei ao Exu do Lodo sobre ele, o Exu disse que ele estaria estudando, fiquei feliz em saber que se encontrou no astral e ja deve estar bem em alguma colonia.
    Nome dele é Nelson da Rocha Antunes, se algum dia você receber noticas em alguma psicografia ou algo do tipo, por favor, call me <3

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  13. Eu já morri e renasci inúmeras vezes nessa mesma vida... Mas isso só foi possível pois sabemos que a morte não existe, que tudo é aprendizado, e que sempre é tempo de recomeçar....
    Texto divino, amei!!!!
    Milhões de beijos....
    Angela / Luzes e Sonhos
    http://luzesesonhos.blogspot.com/

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  14. Andrea,

    Lindo seu texto e mais uma vez, uma aula. Depois de anos, consegui, finalmente, resolver meu luto pela passagem da minha mãe.

    A Lisia sabe - pq choramos juntas em #DM... em setembro - ainda. Mas, graças a um trabalho lindo que não chegou a envolver a religião, mas teve seu resultado extremamente positivo também, desenvolvido em grupo, com um entendimento profundo do ser humano (acho q vc conhece, porque vivo postando o quão tem sido boa a convivência com a turma do @ProjetoInstigar e o Grupo #Escolhas), eu finalmente #escolhi e consegui.

    Hoje, que sei - com seu conhecimento - com minha certeza de que fiz o melhor pela minha mãe - com tudo o que tenho vivido, compartilhado, aprendido - que o dia de finados é para ser celebrado.

    Ainda ñ sei se irei ao cemitério. Mas pensar em mommys, minha avó, tio, meu vô que faleceu há dois anos, e em outras pessoas queridas como minha ex-sogra que eu amei qual uma segunda mãe será motivo de alegria.

    Obrigada por estar na minha vida, por me ajudar com suas sábias palavras, pelo seu companheirismo, pela sua amizade, minha querida e inestimável #twiga! :D

    Vany, ou apenas @mosaicosocial

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  15. Boa tarde!!!
    A passagem de um ente querido e amado é sempre um choque.Por mais espiritualizado que você seja a certeza da perda do convivio, dói demais.
    Perdi minha mãe a pouco tempo.Ela é espirita assim como a maior parte da minha família.Eu minha esposa, filhos e alguns sobrinhos somos Umbandistas, mas mesmo acreditando na re-encarnação sofremos.Sofremos pelo egoísmo que o amor nos provoca, mas superamos...
    Lembro que após o velório uma de minhas cunhadas comentou, que não entendia como podíamos aceitar de forma tão serena a morte de minha mãe?
    E meu irmão respondeu-lhe, que se estudamos e vivemos o espiritismo desde a infância, porque nesta hora iríamos nos desesperar??
    Uma das últimas visões de minha mãe, horas antes de falecer , foi a imagem do meu irmão falecido com uma criança, e ela ficou preocupada pois precisava dar um doce para a "Criança" que segurava a mão de meu irmão...
    Como sabemos através do merecimento ou pelo merecimento, temos uma passagem tranquila ou não e muitas vezes somos recepcionados por "pessoas" que nos eram familiares.
    A única tristeza que me marcou , foi quando em uma das últimas noites em vida ela pediu para eu pegar o colar de Yemanjá que eu havia lhe dado e que a benzesse,para ela não sentir as dores que a aflingiam....chorei.
    Salve nossa mãe Yemanja e nossas crianças..

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  16. excelentes postagens , parabéns, bem atualizado e com uma abordagem diferente da maioria dos Blogs.
    Gostei muito, estou seguindo e sempre dou uma olhada nas novidades.
    bjo da @koisadeamor

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  17. Cara Andreia:
    Fabuloso o teu texto e a visão de vida que você transmite. Eu não sou uma pessoa religiosa, mas guardo comigo uma fé no bem. Há mais de 30 anos perdi meu pai e ainda hoje sinto a falta que ele me faz. Mas concordo com você quando afirma que temos que festejar a vida e não lamentar a morte.
    Imagino que algo nos espera lá do outro lado. Passo a seguir o teu blog e pode me colocar entre os admiradores do teu texto. Parabéns.

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  18. Perdi meu pai com 5 anos, na época nem percebi o quanto ele faria falta. E francamente que criança entende com essa idade o sentido de mundo espiritual? A medida que o tempo foi passando e que alguns acontecimentos foram se desenrolando na minha vida, é que percebi que ele nunca me deixou só. Nunca vou esquecer da minha formatura em jornalismo, há 6 anos. As cadeiras são marcadas e cada formando tem uma quantidade de convidados pré- estabelecida. Estava lotado o auditório do centro de convenções de Curitiba, mas a cadeira do lado da minha mãe ficou vazia durante toda a cerimônia. Claro que sempre que olhava pra lá meus olhos transbordavam. Assim que desci pra abraçar minha família e amigos, a minha mãe que também é médium me falou: "Ele veio te ver, senti a presença dele o tempo todo filha"! Seu texto só me faz ter certeza do que já sabia, nada além de mais vida nos espera após a nossa partida deste mundo de provas e espiações.

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  19. Amiga querida e muito iluminada, como sempre os seus textos são um balsamo de luz, aquecendo nossos corações e iluminando nossos espíritos.Minha mão desencarnou há 3 anos e como vc disse é uma dor quase insuportável,mas o criador não nos dá um fardo maior do que podemos suportar. Em sua Infinita Sabedoria e Bondande encontramos forças para superar estes períodos e crescer com cada uma das lágrimas que deixamos cair. Neste exata momento estou atravessando uma situação muito complicada com o meu pai, mas como eu ja te disse, acredito em milagres, acredito no milagre da cura física, mas tbem no milagre da libertaçao espiritual, e seja qual for neste instante, o Criador o guiará e a nós também para o melhor. Mais uma vez, muito obrigada pela luz que vc derrama em nossas vidas sempre que nos presenteia com um texto maravilhoso como este.Amo vc.Beijos.

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  20. Olá, querida amiga!

    É sempre um privilégio manifesto escrever aqui, em resposta ou simplesmente comentário ao que coloca neste cantinho para, com certeza, iluminar nossos espíritos.

    Você fala do desencarne. Há momentos em que não estamos preparados para ouvir/ler a respeito. Por outro lado, há momentos em que tudo de que precisamos é ler um post como este. Quando eu era pré-adolescente, a questão da morte me doía muito. Jamais tive medo da morte: era, e ainda é, minha maior curiosidade. Mas costumava rebelar-me com o papai do céu por ter afastado da minha vida terrena um ente querido. Mais tarde, sofri a perda do meu avô, que teve câncer. Porém, depois dessa perda, fortaleci-me com a morte de uma maneira muito bonita. É que vovô, mesmo sabendo que desencarnaria, continuava frequentando seus cultos (era protestante) semanalmente, com uma fé que enchia seu coração. Morreu sorrindo. De verdade! Sua feição no caixão era das mais belas que já vi, quase uma epifania. E depois disso, aprendi que a morte pode também ser bela. Agora vejo como uma escola por onde todos passarão. Não sei se dará diploma, mas sinto que haverá reprovações, que talvez sejam nossas re-encarnações.

    Quanto a sonhar com desencarnados que amamos, sonhei com vovô na mesma noite em que discuti com toda a ira do mundo com meus pais e pensei... sim, pensei em suicídio e o manifestei a eles, na frente deles. Vovô me abraçou, com uma luz que quase cegava, e disse: "deixa disso!" com a maior tranquilidade do mundo. Deixei daquilo. Para sempre! Eles nos vêm quando precisamos. Eles sabem quando.

    Muito obrigada por mais um acalanto. Você é luz, menina!

    Beijos; axé,

    Marcela Marcos

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  21. Concordo com vários dos remetentes sobre seu texto ser perfeito e a forma como você apresenta suas ideias nos instiga a ler mais e mais.

    Blog bom é aquele em que aprendemos um pouco mais. O seu é assim.

    Abraços.

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  22. A morte é realmente interessante. O sentimento de perda sempre é nosso. Vivemos em um mundo tão imundo e sofremos quando um ente querido se livra disso e ficamos felizes quando nasce um novo membro da família.

    A Morte não existe se pensarmos como a Matrix. Somos pura energia e apenas ocorre uma transformação.

    Parabéns pelo texto

    MarquesK

    Só o Rock Alivia

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