Já escreveu sobre os índios mamãe? Nas últimas semanas é o que mais escuto do meu filho do meio. O questionamento dele é que se eu quero falar de religião brasileira teria que falar de índios sempre.Ele não é muito de falar, mas sei que ama os índios e os respeita. Quando pequeno, com uns dois meses, fiz o anagrama de seu nome (que significa rearranjar as letras do nome e formar um outro) e resultou em: Índio desenha fogo. De fato não só desenha, como também onde puder está lá ele lidando com tal elemento. Diz que vai ser biólogo e ,quando a lei permitir, vai caçar também pois gosta de cozinhar.Se você está pensando em encarnações passadas esqueça, porque de fato não importa: hoje meu filhotinho é um índio brasileiro, mais um conectado à tribo mundial de computadores.
Um dia fui numa tribo Guarany. Uma das maiores experiências de minha vida. Em conversa com o cacique ele nos conta a experiência de um dos integrantes da aldeia. Comunicou que havia se tornado evangélico e não mais participaria dos cultos deles. Todos eles são livres. Um dia veio uma grande tempestade e um raio caiu ao lado da casa deste índio, que imediatamente saiu no meio do terreiro para pedir desculpas a Tupã. Não se pode negar a essência. E eu devo confessar que depois que participei do ritual deles nada mais teve a mesma cor para mim.
Diga para mim: onde os índios aprenderam a dançar? Onde eles aprenderam música? De onde vem tanta religiosidade? Posso estar errada, mas fico pensando se dançar, cantar e crer em Deus não é uma necessidade básica da alma do homem. Eles aprenderam a caçar e plantar para se alimentar, para permanecerem vivos e saudáveis. Acredito que a religião surgiu entre eles pelo mesmo motivo.
Estes dias uma amiga me perguntou se nós umbandistas acreditávamos em um Deus único. Expliquei a ela sobre as energias Orixás como cada aspecto de um Deus único. Confesso que gostaria de ter dado a ela um pouco mais do que todos já sabem. Como nenhum desejo sincero cai no vácuo na Umbanda, fui agraciada ao ler uma mensagem muito esclarecedora postada pelo pai de santo Ricardo Barreira e pronunciada pelo seu pai de cabeça , a entidade Pai Tupiniquim : “Quando o homem conseguir sentir-se tão parte da natureza como uma pedra ou como um rio, aí então ele encontrou o sagrado.”
Será que seria este o grande segredo dos índios? Será que lá atrás no tempo onde não havia contato com o mundo ‘civilizado” eles não eram parte dos rios, das pedreiras e das matas? Não seriam eles as próprias cachoeiras e onças selvagens? As águias que voam nas planícies e os peixes que movimentam os rios?
Aqui virou uma rotina. Quando aparece uma águia, que tem costume de sentar numa árvore alta e ficar olhando aqui para casa, os meninos vem me avisar: mamãe o caboclo Akuan veio nos visitar. Talvez quando eles crescerem percebam que isto tudo é muito mágico, mas por enquanto tratam isto com uma naturalidade absoluta. E meus filhos sabem que a águia só aparece quando precisamos, é instintivo. Se sentem bem e protegidos.
Tudo isto me leva a um questionamento. Nós , cidadãos civilizados, fazemos parte do que? Que natureza é essa nossa? Uma pessoa andando num centro movimentado de uma grande cidade é algo tão solitário e triste, no meu ponto de vista. Depressão é palavra da moda e tomar remédios para baixar a ansiedade é algo tão comum, que sinceramente creio que a humanidade nos tempos atuais se assemelha a um grande campo de órfãos. Precisamos consumir e consumir, e assim passamos nossa existência nos consumindo. Não se enganem pois amo tecnologia. É extremamente necessária. O que perdemos foi nossa ligação com o sagrado.
Esses dias os meninos vieram correndo para dentro, mas antes mandaram os filhos do caseiro irem para casa também. Haviam escutado no mato uma ave diferente e tinham certeza absoluta que era o saci. Falei que ia lá fora ver e eles me pediram para não ir, pois conforme me explicaram o saci chama as pessoas curiosas pro meio da mata com este canto. O melhor que eles tinham a fazer era ficar na internet até o saci cansar e ir embora.
Se era o saci não sei mas vou dizer a vocês que se puderem, em vez de ir ao shopping levem seus filhos perto da mata. Não em parques onde tudo esteja à mão. Molhem seus pés num riacho, prestem atenção nos sons que vêm da mata. Experimente sentir o som de seu coração neste momento.E ali no meio do silêncio acolhedor da natureza, no seu reencontro com o sagrado espero que suas perguntas e sua solidão sejam dissipadas pelo abraço do Divino.
Um dia fui numa tribo Guarany. Uma das maiores experiências de minha vida. Em conversa com o cacique ele nos conta a experiência de um dos integrantes da aldeia. Comunicou que havia se tornado evangélico e não mais participaria dos cultos deles. Todos eles são livres. Um dia veio uma grande tempestade e um raio caiu ao lado da casa deste índio, que imediatamente saiu no meio do terreiro para pedir desculpas a Tupã. Não se pode negar a essência. E eu devo confessar que depois que participei do ritual deles nada mais teve a mesma cor para mim.
Diga para mim: onde os índios aprenderam a dançar? Onde eles aprenderam música? De onde vem tanta religiosidade? Posso estar errada, mas fico pensando se dançar, cantar e crer em Deus não é uma necessidade básica da alma do homem. Eles aprenderam a caçar e plantar para se alimentar, para permanecerem vivos e saudáveis. Acredito que a religião surgiu entre eles pelo mesmo motivo.
Estes dias uma amiga me perguntou se nós umbandistas acreditávamos em um Deus único. Expliquei a ela sobre as energias Orixás como cada aspecto de um Deus único. Confesso que gostaria de ter dado a ela um pouco mais do que todos já sabem. Como nenhum desejo sincero cai no vácuo na Umbanda, fui agraciada ao ler uma mensagem muito esclarecedora postada pelo pai de santo Ricardo Barreira e pronunciada pelo seu pai de cabeça , a entidade Pai Tupiniquim : “Quando o homem conseguir sentir-se tão parte da natureza como uma pedra ou como um rio, aí então ele encontrou o sagrado.”
Será que seria este o grande segredo dos índios? Será que lá atrás no tempo onde não havia contato com o mundo ‘civilizado” eles não eram parte dos rios, das pedreiras e das matas? Não seriam eles as próprias cachoeiras e onças selvagens? As águias que voam nas planícies e os peixes que movimentam os rios?
Aqui virou uma rotina. Quando aparece uma águia, que tem costume de sentar numa árvore alta e ficar olhando aqui para casa, os meninos vem me avisar: mamãe o caboclo Akuan veio nos visitar. Talvez quando eles crescerem percebam que isto tudo é muito mágico, mas por enquanto tratam isto com uma naturalidade absoluta. E meus filhos sabem que a águia só aparece quando precisamos, é instintivo. Se sentem bem e protegidos.
Tudo isto me leva a um questionamento. Nós , cidadãos civilizados, fazemos parte do que? Que natureza é essa nossa? Uma pessoa andando num centro movimentado de uma grande cidade é algo tão solitário e triste, no meu ponto de vista. Depressão é palavra da moda e tomar remédios para baixar a ansiedade é algo tão comum, que sinceramente creio que a humanidade nos tempos atuais se assemelha a um grande campo de órfãos. Precisamos consumir e consumir, e assim passamos nossa existência nos consumindo. Não se enganem pois amo tecnologia. É extremamente necessária. O que perdemos foi nossa ligação com o sagrado.
Esses dias os meninos vieram correndo para dentro, mas antes mandaram os filhos do caseiro irem para casa também. Haviam escutado no mato uma ave diferente e tinham certeza absoluta que era o saci. Falei que ia lá fora ver e eles me pediram para não ir, pois conforme me explicaram o saci chama as pessoas curiosas pro meio da mata com este canto. O melhor que eles tinham a fazer era ficar na internet até o saci cansar e ir embora.
Se era o saci não sei mas vou dizer a vocês que se puderem, em vez de ir ao shopping levem seus filhos perto da mata. Não em parques onde tudo esteja à mão. Molhem seus pés num riacho, prestem atenção nos sons que vêm da mata. Experimente sentir o som de seu coração neste momento.E ali no meio do silêncio acolhedor da natureza, no seu reencontro com o sagrado espero que suas perguntas e sua solidão sejam dissipadas pelo abraço do Divino.
Na atualidade os indios brasileiros precisam de muito apoio. Uma grande defensora deles e uma pessoa que tenho a certeza ter encontrado o sagrado é a Professora Maria Rachel Coelho. Você pode ajudá-los e conhecer mais contactando-a. A foto ao lado é para que vocês vejam o quanto esta pessoa tem luz!
não faz muito que aprendi justamente isso, hermana: nos perdemos do sagrado quando nos afastamos da natureza.
ResponderExcluirbjobjo
PS: Se eu já acreditava em Saci, Curupira e Lobisomem antes da macumba, depois dela eu tenho é certeza! Apóio os meninos completamente!
Fui criada como você hoje cria seus filhos. Aprendendo a ser livre através do aprendizado da natureza sob a orientação de meus pais. Quando cresci( se é que um dia dia isso aconteceu..rs)fui conhecer um pouco da minha terra conhecendo algumas tribos.A coisa mais importante que aprendi é que não somos a idade que hoje temos e sim um somatorio de idades através do tempo. Se me encontras jovem hoje, juntando tudo posso ter muitas eternidades a mais que você. A vida é feita a partir do somatorio de existências, explicá-las é desculpa para nossa ainda precária ciência. Prefiro a sabedoria do nossos Pajés, de nosssos Caboclos, de nossos Povos da terra. A vida não é curta, mas é bela. Somos ainda lagartas esperando virar borboleta. Nossas cascas se trocam mas permanecemos em essencia. Se somos diferentes é porque descobrimos antes a forma inenarrável da consciência cosmica do Planeta. Respeitemos idosos e jovens e convivamos com eles desprendidos de preconceitos e indiferenças. Compartilhemos o aprendizado que se apresenta. Beijos.
ResponderExcluirLindo texto, adorei mesmo.
ResponderExcluirÉ realmente incrível com não percebemos as adversidades que nos rodeiam, a natureza, a forma simples de determinadas pessoas viverem, sendo felizes...
Eu acho que o ser humano, num contexto geral, perdeu os seus princípios. Nem sei mais quem é ser humano. Mas acredito eu muitas pessoas, que nos passam paz e alegria espiritual.
Querida Andréa, ótimo post. Parabéns!
=D
Cigana
ResponderExcluirNão sei se já encontrei o meu sagrado, acho que ainda não. Sei que aprendi a reconhecer e respeitar a diversidade dos saberes que campeiam pelo mundo. A citação “Já moramos mais de 500 anos dentro da floresta amazônica, nunca pensamos destruir, porque nossa mata e nossa terra são nossa mãe. Portanto não destruam o que guardamos com tanto carinho” não é minha, é de um povo indígena, os Mundurukus. Gosto de dizer que é minha (sinto assim). Viver em harmonia com o sagrado é um conhecimento milenar que os nossos índios trazem consigo e que passa de geração em geração através dos "Contadores de historia" (se quiser...de causos). Como neta de curandeiros convivi com isto desde muito pequena..Meu avô sabia distinguir entre as Carquejas a que era, realmente, medicinal (a de "Cruz de quatro lados") mas como ele dizia sempre...Carecia de ter fé. Concordo contigo, a Professora Maria Rachel Coelho encontrou mais que conhecimento nestes povos, encontrou o Sagrado. Teu texto é lindo e o sagrado nele, assim como nos demais, é que relatas vivências tuas. Nada é ficção ou fantasia.
Lindo texto...
ResponderExcluirRealmente as pessoas estão cada vez mais ligadas a materia e o consumo só aumenta...
E juntamente com ela vem a depressão e outras doenças mais...
felicidades
Sempre tive um mega orgulho pela minha porção indigena no sangue....
ResponderExcluirTodas as forças da Natureza são energias. Delas nós viemos e a elas um dia retornaremos.
ResponderExcluirOs índios, em sua simplicidade, conseguiram conservar esse elo, essa comunhão com a Natureza e sua essência.
Nós, nos entregamos à busca de conquistas materiais, profissionais, científicas e a ligação, ainda que presente e forte, vai adormecendo e sendo aos poucos esqucida.
Mas sabemos, com certeza, que para nos equilibrarmos, resgatarmos forças perdidas ou desgastadas, descarregarmos as energias pesadas que acumulamos ao longo dos contatos dessa jornada, precisamos nos ligar profunda e exclusivamente com a Natureza.
Precisamos, colocar os pés em contato com a terra, com a grama, descarregar o negativo e buscar forças.
E dessa forma, recarregamos as baterias e renovamos as forças para continuar nossas lutas diárias.
Essa é a maneira que temos de mostrar que somos também parte dos elementos da Natureza e deles precisamos para viver em perfeita harmonia.
O que falta a nós, aparentemente civilizados, é encontrar o equilíbrio entre o novo, a tecnologia e a Natureza eterna, para atingirmos a harmonia completa com as energias perfeitas do Universo.
Mais uma vez, um assunto importante para o crescimento de todos nós tanto como pessoas, quanto espíritos em busca de evolução. Parabéns, amiga! Sua intuição sempre acerta em cheio!! Amo vc! Beijo!
minha FRANCISQUINHaaaaaaaaaaaaaaa.....
ResponderExcluirEssa mulher q amamenta o porquinho é filhotinha PREFERIDA de DEUS .....
TENHO muuuuuuuuuuuuuuuuuuuita lição de casa pra fazer...qdo todas estiverem prontas .....ELE vai por um porquinho faminto no meu caminho.....UH! \O/
QUE orgulho sinto de vc minha FRANCISQUINHaaaaaaaaaaaa....q PRAZER sinto ao ler suas LETRINHAS.....muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito OBRIGADA ...obrigada .....OBRIGADÍSSIMA.....
bjoka na bochecha esquerda..... ;)
Ótima escolha de tema, eu vivo me encontrando com o sagrado. Tudo que é belo, tudo que é digno de honra, tudo que é verdadeiro, tudo que é digno de ser louvado e digno de louvor, enfim, tudo que pode ser feito as claras é sagrado. Parabéns professora... Sucesso.
ResponderExcluirBelíssimo! =]
ResponderExcluirFico muito feliz por compartilhar esse pensamento com você e com os vários amigos que por aqui passam...
Infelizmente são poucos os que, ao reencarnar, ganham famílias que lhes proporcionam o contato com a natureza. Por uma questão "cultural", a regra tem sido crescer entre os prédios e, antes mesmo de conhecer uma cachoeira, ser engolido por eles.
Uma hora o corpo sente a "inexplicável" solidão mencionada no texto... e sinceramente, espero que nesse momento, antes dos antidepressivos, possam surgir os questionamentos que, com certeza, nos levarão de volta à natureza. =]
Muito obrigado pelas palavras!
Beijo!
Cacá Bernardo (@rocksdomeulivro)
Só a foto já disse tudo, mas o texto também está bem legal é claro.
ResponderExcluirAbs!
raph
Hoje o saci tem as duas pernas, mas lhe falta um dedo. Enquanto isso o índio só quer caçar, pescar, dormir, acordar, sem ser incomodado procriar. Tributos, petróleo e juros não fazem parte da reserva indígena. Quando, e se, um dia conseguirem; o que acho impossível, pois o índo existirá ainda depois do fim de nossa sociedade, ao menos como a conhecemos, deixaremos de ser índios, de receber índios. Dinheiro é subproduto de árvore morta, tem coisa muito mais importante. Liberdade! Axé mizifia!
ResponderExcluirParabéns, amiga! Sinto-me mais sábia a cada frase sua! Saravá Oxóssi, Jurema... saravá todos os caboclos! Já disse que seus pequenos me encantam, né? Pois é!
ResponderExcluirSeu texto muito me lembrou o sociólogo Émile Durkheim e os termos como o rito, o sagrado, o profano. Brilhante! Quando eu estava na sexta série do colégio, aos onze anos, tive uma interpretação peculiar no teatrinho da aula de Português: eu fui a água! Como alguém pode ser a água, me perguntava! A água não tinha fala na peça, evidentemente. Não sei se quiseram me "secundarizar" (perdoe o neologismo) ou o que foi, mas "ser a água" me foi especial. Eu cresci achando que era água, mesmo. Quando li aqui sobre ser a natureza, que é certamente muito mais do que incorporar seus valores, eu me encontrei em essência, de novo. Obrigada!
Tenha uma semana maravilhosa.
Luz!
Eu estou sempre me questionando sobre a nossa ligação com as coisas simples.Infelizmente não aprendemos a valorizar o que nos cerca, estamos sempre atrás de algo, querendo mais, sem mesmo questionarmos o que e para que. Sou bisneta de índios e amo as coisas imples, os chás de ervas para curar qualquer coisa, as simpatias da minha avó e que a minha mãe tão bem usou em nós, as conversas ao entardecer para contar histórias dos antepassados, as noites de chuva forte em quenos reuniamos para ouvir as "histórias de assombração" da minha tia. Acho que tudo isto me conecta ao sagrado, me faz sentir mais próxima da energia divina que habita dentro de mim. Você minha amiga é com certeza uma agente desta energia, que está por aqui para poder traduzir em palavras esta força que nos cerca. Beijos de luz!!!
ResponderExcluirGracias Andrea por darnos a conocer tanto, a cultivar la cultura general, a conocer más el mundo y menos los modernos malls que nada dejan en la vida del hombre y de los hijos, gracias por tus artículos, llenos de sabiduría, de conocimiento, experiencias vividas intensamente, gracias por esas historias llenas de amor y verdad...gracias por compartir con el mundo, tu vida maravillosa.
ResponderExcluirDesde Chile, Fernando Rodríguez Guzmán
Obrigado Andrea por nos dar a conhecer tanto, para cultivar a cultura, para saber mais sobre o mundo dos shopping centers modernos e menos de nada na vida do homem e os filhos, obrigado por seus artigos, cheio de sabedoria, conhecimento, experiências intensamente vividos, graças a essas histórias cheias de amor e verdade ... obrigado por compartilhar com o mundo, sua vida maravilhosa.
Do Chile, Fernando Rodríguez Guzmán
Religiosidade, fé, espiritualidade... dêem o nome que quiser - é tudo pessoal e dependente das experiências que vamos tendo ao longo da vida. Cada um tem seu jeito de achar nesse meio. A diferença não é errada. É diferente.
ResponderExcluirAgora, somos todos parte da natureza, todos estamos de alguma maneira ligados a essa Terra. Somos parte dela, mas - às vezes - o cotidiano nos afasta de tudo que não seja humano. Estamos constantemente em contato com tudo que criamos e separados, por paredes, da base de tudo.
Seu texto lembrou-me que, mesmo morando perto, há tempos não coloco os pés na areia e não olho o mar. Não sei os outros, mas eu preciso ter contato com esse mar, que é tão independente da humanidade, para me tornar mais humana.
Oi Andréa, meu nome é Rodrigo, nos conhecemos lá do TPM, sou ogan de segunda-feira.
ResponderExcluirFiquei emocionado com tão belas e inteligentes palavras, seus textos são ótimos e este em especial é de uma beleza simples e rara!
Me identifico muito com a natureza e muito antes de eu conhecer a umbanda e descobrir que sou filho de Oxóssi, passei minha infância toda no meio do mato, no interior do Paraná, morando há poucos metros de uma cachoeira enorme e de matas nativas (as poucas que ainda restam por aqui)!
Hoje sou pai do Enzo, meu lindo caboclinho iluminado, uma benção maior que eu já tive, e sempre pensei nisso antes dele vir, em levá-lo perto da natureza e dos bixos, pois sei o quanto isto foi importante e influente positivamente em toda minha formação!
Deus te abençoe e a toda sua família muito axé!