quarta-feira, 26 de maio de 2010

Amor, Fé e Caridade





O que é que esses nossos lindinhos não fazem para nos impressionar no início, não é? Pois o meu lindinho, resolveu me levar, pouco depois de iniciarmos o namoro, para São Paulo. Escritor, o que já me impressionava muito, e roqueiro, resolveu me levar num famoso shopping onde os ditos músicos consumiam seus cds(na verdade LPs) e se encontravam. Era pra ser memorável. Foi mesmo. O lindinho resolveu experimentar um piercing de nariz e o piercing criou vida própria e não queria sair. O atendente da loja mais ria do que ajudava e eu, impressionadíssima de fato, não tinha onde me esconder.O lindinho é de fato um intelectual que admiro,mas é também um habitué de situações antológicas. As filhas dele tem histórias memoráveis também.
Nosso primeiro filho, um pouco antes de completar um ano descobriu que o pai tinha uma tatuagem e por todo custo esfregava com a mãozinha para sair a dita "sujeira". O lindinho sábiamente já teria pronunciado que seria mais um para pegar no seu pé.Familia é assim mesmo: uma sucessão de "causos" a serem contados.Uns não tão bons quanto outros, mas precisamos ter sempre em mente que é o amor e a paciência que nos une.
Com religião não é diferente. Entramos nelas por uma série de motivos, mas permanecemos por amor e temos que ter por vezes paciência. Paciência com nosso pouco conhecimento, paciência com a nova família que aos poucos vamos construindo dentro destes templos. Sempre me disseram que eu precisava participar de uma egrégora religiosa e hoje eu sei o pôrque.
Egrégora provém do grego egrégoroi e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. A egrégora acumula a energia de várias freqüências,dos elementos que a compõe.Se você faz parte de uma egrégora é protegido por ela também.
A minha grande dúvida foi sempre: por que as pessoas buscam uma religião e continuam nela? O que se tem dentro de uma religião que fora nunca perceberemos? Para falar com Deus não precisamos de nada, só fé. Tenho amigos em todas as religiões.Tenho amigos ateus também com muita sensibilidade, maior até do que muitos religiosos. No Evangelho segundo o Espiritismo podemos ler que: não é dentro da igreja que está a salvação, mas que "fora da caridade não há salvação".
Vai fazer 5 anos que estou na Umbanda. Bem pouco tempo, mas tenho um amor imenso por ela. No terreiro usamos o seguinte termo: médium de toco, que é o médium que incorpora e juntamente com a entidade dá atendimentos individuais. Toco não é palanque, não é lugar de negociatas com o além, é antes de tudo um lugar sagrado, onde o consulente, o próprio médium e o cambone vivem a cada dia uma prova de caridade em ensinamento das entidades. Já ouvi muita coisa e aprendi outras tantas. A Umbanda é caridosa comigo e eu , por minha vez , com o que aprendo, busco ser com os que conheço.
A foto que postei é o Marcio Zenni com seu filhinho no colo recebendo a energia de Yemanjá, na gira da praia ano passado, que com certeza o fortaleceu para hoje ser pai de santo em seu próprio terreiro. Mas esta foto é mais do que isso. Ela é uma representatividade da fé na Umbanda e a própria Umbanda.E sua grandiosa missão da caridade que nunca devemos esquecer. São os olhos das entidades e seus braços nos protegendo, enquanto nós pequenos, tentamos fazer o máximo pelo próximo. Com certeza, fora da caridade não há salvação, mas nela somos fortes e guerreiros. Na caridade crescemos e nos fortalecemos, além de avivarmos nosso coração com uma alegria sem fim.

Abaixo postei mais um texto, em prol do Hospital Pequeno Principe e gostaria que vissem.

6 comentários:

  1. Que lindo minha amiga e Deusa!
    "Familia é assim mesmo: uma sucessão de "causos" a serem contados.Uns não tão bons quanto outros, mas precisamos ter sempre em mente que é o amor e a paciência que nos une".

    Você sempre tem razão em tudo que escreve, com sensatez e leveza nos passa um aprendizado que nos auxilia em vários âmbitos da vida!
    Amo-te, amiga!
    bjs p vc e seus lindinhos...
    @carlafloresadv

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  2. Estou lendo seu blog a pouco tempo, ainda não te conheço , mas participamos do mesmo Terreiro sou da Gira de quarta da Mãe Jô. Gosto muito dos textos e esse de hoje , caiu que nem diz o ditado " Caiu quem nem uma luva" precisava muito ler algo assim. Obrigada
    Saravá
    Lis

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  3. mocinha ...e o MEU MALUCO BELEZA disse: "ONDE ESTIVEREM REUNIDOS EM MEU NOME...ALI EU ESTAREI" e não colocou regras pra isso ...ELE é porreta!!!
    MUITO OBRIGADA por mais esta lição!muuuuuuuuuuuuuuuuuuuah!

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  4. Oi, passando para visitar seu blog, adorei, parabéns... quando puder passe no meu cantinho, será bem vinda.Ótimo domingo com muita paz.Sou filha de Oxum e estou te seguindo, sempre que puder, estarei aqui.

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  5. Olá Andréa, tudo bem?
    Adorei esse artigo e tornarei a visitar o blog.
    Assim como você, tenho pouco tempo de Umbanda, embora siga o Kardecismo desde criança, vi na Umbanda mais uma ferramenta de trabalho e foi nela que pude perceber com maior potencial a fé.
    Faces deformadas por histórias e pelo tempo que vão em busca de socorro na certeza de seus problemas serão solucionados. É essa certeza que remonta à Fé.
    Deus a abençõe.

    Daniele
    www.religiaoespirita.com

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  6. Adorei este texto. Estava esperando algo diferente, mas gostei muito de como vc se refere a nossa querida Umbanda.
    Paz e muito Axé!

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