Não é possível , nem nunca
deveria ter sido, um médium ser passível de manipulação e falta de entendimento
mínimo sobre o que o cerca.A mediunidade é dom ,mas antes também ferramenta de
evolução individual. É preciso compreender o que isto significa na Umbanda. A
primeira pedra da sua construção e que é a pedra angular de tudo o que vai
construir, é que seu desenvolvimento pessoal é responsabilidade sua e de mais
ninguém. Portanto, se não te respondem as perguntas relativas a tua atividade
como médium, se não há acréscimo em entendimento, não desperdice seu tempo, vá
em busca da verdade que você precisa.
As verdades são diferentes entre as pessoas, porém não deixam de ser
verdades. Seja a verdade Pentecostal , Islâmica, Espírita,ou qualquer outra,
porque é através dela que se abrirão os espelhos para que você possa enxergar
seu próprio espírito e assim entendê-lo.
Na Umbanda não é sua
incorporação,não são os nomes de suas entidades , não é seu Orixá, nem seu
ritual que o fará evoluir mediunicamente – embora o façam acreditar nisto – mas
é definitivamente a sua condição humana de observar a humanidade nos que o
cercam.
Mediunidade não pode ser
brinquedo e o contexto em que ela é inserida tem uma grande importância. “Vou
lá faço meus atendimentos e pronto.” É no mínimo uma frase deprimente para um
médium. Não é necessário ser íntimo de ninguém dentro de uma gira, mas ver que
não há compatibilidade do que se fala com o que se faz no trato da caridade
real é, no mínimo, compactuar com o desvio de caráter do próximo. Ora, se temos
que manter nosso corpo longe de drogas, bebidas, sexo e carne para podermos nos
conectar com esferas superiores para auxílio dos necessitados, por que
mancharíamos nossa índole sendo omissos? Isto também não interferiria em nosso
potencial de auxílio e conexão?
A natureza é perfeita e assim
sendo cada um é responsável pela energia que gera. Orai, girai e vigiai!