Hoje descobri que sou meio cabocla. Por parte de marido. O lindinho morava num sítio aqui em Colombo e depois de uns anos vim morar também. E nessa minha caboclisse tenho seguido a vida até bem feliz. Estou cercada de mata virgem ainda por todos os lados. Tenho uma vizinha que mora a uma certa distância cujo apelido é Índia, apesar de ser branca, foi criada pelos Caigangues e apesar de ser evangélica, pede sempre que vou à minha "igreja" se for gira de Caboclo que peça por ela e pela família dela.
As crianças juram que já ouviram índios assobiando na mata, e uns indiozinhos correndo por aqui... A cada dia que passa acho que nós estamos é vivenciando mais nossa tribo familiar. Já não gosto de ir ao centro de Curitiba como fazia antes. Meu filho do meio não entra em shopping nem amarrado: "dá falta de ar"... E o cheiro da cidade então? O peso das pessoas...É uma mistura muito grande e não estamos mais acostumados. Lidei muitos anos da minha vida com jornais, propaganda e artes plásticas e sinceramente não me fazem mais falta.
É cada coisa que acontece aqui. Meu caçulinha chegou um dia pra me acordar as 8 horas da manhã porque tinha uma entidade querendo falar comigo e ele achava que era um boiadeiro. Não era uma entidade, era seo Tadeu, um vizinho que tinha vindo à cavalo " pra mó de prosiar" com o lindinho, já que não tinha o que fazer em casa. Prosiou durante duas horas sobre a lida e a dificuldade dela... Quase uma aula de filosofia o homem deu... Em outro dia meu caçulinha reclamando pra fazer sua parte em um serviço começou a chorar. Falei pra ele que se era difícil arrumar a cama, a partir daquele dia eu ia arranjar uma boiada pra ele tocar. Uns quinze minutos depois entram no terreno vários bois (o que é bem comum por aqui). Imediatamente ele fala: Droga! Como é difícil ter mãe médium! Não desmenti nada : mãe precisa ter moral!
Quando comecei na Umbanda e chegava meio "carregada" era só caminhar, até aqui dentro, descalça pela grama. A natureza em si é uma dádiva. Tudo nela é perfeito. Em nós não, mas podemos ser refeitos, reaninhados em seu colo.Não consigo conceber um filho da Umbanda, que não vá conhecer a fonte de energia de seu Orixá pelo menos, e não reconheça Deus em Sua Criação mais primitiva.
À medida que dou pequenos passos no entendimento de minha religião, menos aceito que qualquer religião seja só o religare com Deus. É muito mais. A religião em que você está é como uma "academia mental e espiritual" se bem utilizada. São os momentos de reflexão dentro do templo que você elegeu que todas as coisas da vida cotidiana passam a ser melhores. Um cooper pra você entrar em forma pra melhor exercer sua profissão, um alongamento para a convivência familiar e entre amigos, um aquecimento para a plena cidadania, que culminarão numa resistência melhor à solidão que as vezes permeia nossas vidas. Pense nisso!
Dicas pra você ler:
http://paimaneco.blogspot.com/2010/03/atendimento-aos-animais.html
http://paimaneco.blogspot.com/2010/03/mensagem.html
As crianças juram que já ouviram índios assobiando na mata, e uns indiozinhos correndo por aqui... A cada dia que passa acho que nós estamos é vivenciando mais nossa tribo familiar. Já não gosto de ir ao centro de Curitiba como fazia antes. Meu filho do meio não entra em shopping nem amarrado: "dá falta de ar"... E o cheiro da cidade então? O peso das pessoas...É uma mistura muito grande e não estamos mais acostumados. Lidei muitos anos da minha vida com jornais, propaganda e artes plásticas e sinceramente não me fazem mais falta.
É cada coisa que acontece aqui. Meu caçulinha chegou um dia pra me acordar as 8 horas da manhã porque tinha uma entidade querendo falar comigo e ele achava que era um boiadeiro. Não era uma entidade, era seo Tadeu, um vizinho que tinha vindo à cavalo " pra mó de prosiar" com o lindinho, já que não tinha o que fazer em casa. Prosiou durante duas horas sobre a lida e a dificuldade dela... Quase uma aula de filosofia o homem deu... Em outro dia meu caçulinha reclamando pra fazer sua parte em um serviço começou a chorar. Falei pra ele que se era difícil arrumar a cama, a partir daquele dia eu ia arranjar uma boiada pra ele tocar. Uns quinze minutos depois entram no terreno vários bois (o que é bem comum por aqui). Imediatamente ele fala: Droga! Como é difícil ter mãe médium! Não desmenti nada : mãe precisa ter moral!
Quando comecei na Umbanda e chegava meio "carregada" era só caminhar, até aqui dentro, descalça pela grama. A natureza em si é uma dádiva. Tudo nela é perfeito. Em nós não, mas podemos ser refeitos, reaninhados em seu colo.Não consigo conceber um filho da Umbanda, que não vá conhecer a fonte de energia de seu Orixá pelo menos, e não reconheça Deus em Sua Criação mais primitiva.
À medida que dou pequenos passos no entendimento de minha religião, menos aceito que qualquer religião seja só o religare com Deus. É muito mais. A religião em que você está é como uma "academia mental e espiritual" se bem utilizada. São os momentos de reflexão dentro do templo que você elegeu que todas as coisas da vida cotidiana passam a ser melhores. Um cooper pra você entrar em forma pra melhor exercer sua profissão, um alongamento para a convivência familiar e entre amigos, um aquecimento para a plena cidadania, que culminarão numa resistência melhor à solidão que as vezes permeia nossas vidas. Pense nisso!
Dicas pra você ler:
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